26.9.05

Hoje eu vou me dirigir á chinelagem!

Eu disse que o Programa do Paulão, “Repórter em ação” rendia um texto só pra ele, então toma!
Lembrem-se: No programa não tem repórter, nem ação. O cara é um negrão de 2mts. sem nenhuma noção de jornalismo ou como fazer Tevê. Mas faz! Deve ter aprendido na marra. O que importa é que o louco ta lá na telinha, canal 20 (NET). Ele tem patrocinadores engraçadíssimos, um açougue, uma mecânica, todos com comerciais feitos direto pelo seu cinegrafista e editado por um outro alguém. A trilha é tudo! Isso sem nenhum critério, ajudou ele a pagar a inserção, está no ar!
No programa ele deveria acompanhar a polícia em suas buscas nas vilas pela marginália á solta. Porém não rola, não sei se ele tem medo de represália ou não tem combustível no seu carro, por que ele não sai das “DP´s”. Deve rolar depois das entrevistas um churrasquinho com o comissário, não sei, alguma coisa rende! Mentiu pro tio, contou pro vô a 13ª te agarrô! Este é um dos muitos jargões lançados por ele, como o título deste texto.
Uma vez, patrocinado por diversos empresários de pequeno porte do litoral gaúcho, o programa foi acompanhar uma blitz em Tramandaí. Foi o quadro da dor, na moldura da desgraça! Como a Brigada Militar estava sem viaturas, era inverno, um destes micro empresários, mais especificamente um buffet de sorvetes, montado dentro de um ônibus, se ofereceu para efetuar a captura dos delinqüentes. Então a cena era a seguinte: Um ônibus sorveteria entrava na vila de pescadores, desciam muitos Brigadianos, em uma das mãos um picolé ou uma casquinha, na outra o três oitão, cara de maus e nada de bandido. A cena era Fellinniana! Era inverno e não tinha ninguém, nem gente boa, nem gente ruim! Todo aquele pelotão, caminhava, olhava os casebres, abria cercas e nada. Daqui a pouco, tem um filho de pescador, adolescente, fumando um baseado na frente de casinha numa rua de chão batido. Pra quê? A casa caiu! Mais de trinta policiais deram o atraque, em busca das drogas, mas era só uma bituca, uma simples ponta. O Paulão correu com a câmera, narrou sem fôlego, se atirou no chão para entrevistar o meliante, e perguntou ao sargento: “Agora o indivíduo vai fazer o cursinho de canário sargento?” E o sargento respondeu: “Olha Paulão ele tem posse de muito pouca quantidade, revistamos toda a casa e a sua família e vamos ter que soltá-lo depois de adverti-lo bem!” Que mico! Todo aquele aparato bélico e doce pra nada, não tem o quem assaltar na praia, no inverno.

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