13.10.05

É SOM DE PRETO, DE FAVELADO, MAS QUANDO TOCA NINGUÉM FICA PARADO.

Breve documento sobre o FUNK

Não gosta, não ouve. Letras medíocres, som de pobre, incitação ao sexo, mas que o “batidão” faz muita gente balançar, faz. O “Churras-funk”, evento consagrado da firma, provou que o ritmo pega, e os guris também. Tinha tanta gente dando show que a Renatinha, (grande adepta do ritmo, como eu) deve ter sentido seu reino ameaçado, com as falsas “tchutchucas”, que queriam quebrar todo o seu barraco. Tinha “Balaio” quebrando de ladinho que se pega na baixinha, ela voa, porém ela provou que tem o pé no Pancadão, é lógico que sua atuação foi de “expert”. Eu não sabia é que o funk era tão difundido no vale do Rio dos Sinos, nossa loira da região provou que saber descer até ficar atoladinha. O Alemão é que ficou atoladinho dentro carro, pena que foi no coquetel da Guadá e seu “Fla-flu Jatobá”.
Sobre a questão do apelo sexual, se gente for analisar a maioria do humor infantil brasileiro circula neste sub mundo. O Didi dos trapalhões, tem um monte de malícia no seu programa e muitas vezes insinua piadas de cunho sexual. E nem por isso deixou de ser embaixador da UNICEF. A própria Xuxa, “rainha dos baixinhos”, mandou comprar todas as cópias de um filme pornô, do seu início de carreira, onde transava com uma criança. E hoje ela posa defendendo o estatuto da criança e adolescente, chega de hipocrisia, minha gente!
Mas as verdadeiras festas funk são uma pobreza só, um bafo quente de perfume barato, enfim, o quadro da dor na moldura da desgraça. Eu sei. Fui buscar um dia deste meu afilhado, numa destas manifestações, na Vila Nova, tinham muitos pais tentando arrastar suas filhas para ir embora e estava difícil. Era uma choradeira que pareciam estar viciadas no tal som. Depois que entra, esquece, jogue fora seus critérios e divirta-se.
O “Abriguinho” que dirige a van escolar da sua mulher, me contou que volta e meia ele tem que dar um “pára-te-quieto”, nas guriazinhas cantando “tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!” Pior era a febre do “Tchan” cantando e dançando “na boquinha da garrafa”. Sendo que esta música pra mim era muito pior, por causa do perigo de não ter de volta o vasilhame. Os hospitais também, receberam gente acidentada com a famosa garrafa, introduzida nos menores orifícios de que um corpo humano pode imaginar.
Por isso eu convido, participe da “Festa da Paula, é Paula dentro e Paula fora!”
Fui!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom Sandro.
Alias, lendo o texto me ocorreu a pergunta:

Quando será o próximo "churrasfunk"?

Ed (vulgo DeCanto)