30.10.05

MATEI UM ATOR E NÃO FUI PRESO!

É conhecida por todos a minha admiração e jeito com os animais, já tive muitos cachorros, cocotas, canários, tartarugas, hamister e alguns gatos. E é justamente dos gatos que eu hoje vou contar uma história impressionante. Tudo começou em um set de filmagem, onde o patrão velho gritou: Sandro! Arranja um gato e põe no colo da vovó! E é pausa para o almoço! Saí eu perguntando no estúdio se alguém tinha um gato, até que a minha assistente a alemoa, disse: Minha comadre tem, vou ligar pra ela, vai almoçando sossegado!
Quando terminei de almoçar chegou uma moça no estúdio, e disse apontando para o carro fechado: Bom, aqui está o Mimi!
E eu perguntei sem ver o gato no interior do veículo: Ele é mansinho? Não to vendo!
Ela completou: Acho que ele tá meio assustado por que nunca andou de carro!
Já estranhei a situação, mas prossegui: Deve estar estressado pelo barulho do motor!
E ela desgrudou o gato debaixo do banco e me atirou nas minhas mãos confirmando: Ele nunca saiu de casa também! Bom, neste instante um gato esperneado, me foi jogado aos braços, me arranhou e pulou no chão! Sem conseguir pegá-lo, naquele instante comecei a perseguí-lo, enquanto a dona do bichano chorava e gritava: Mimi! Volta Mimi!
O animal estava tão desesperado que saiu numa disparada correndo pela rua do Parque entre o movimento de automóveis e ônibus. E sobreviveu. O bicho assustado entrava e saia em empresas e casas da rua e eu atrás. Tentei encurralá-lo várias vezes, mas ele sempre fugia, corri até a outra rua paralela. Perseguindo o gatinho percebi que ele entrara num buraco, quando cheguei mais próximo para pegá-lo, vi o gatinho nadando num fosso contra uma correnteza de água, e logo vi que ele acabaria entrando pelo cano. Voltei á firma peguei uma Kombi e fomos até a beira do Rio Guaíba onde tal cano desembocava. Na beira do cais o cano já se tornara uma galeria, me lembrei então do meu amigo bombeiro do batalhão do cais, que nas horas vagas fazia segurança nos set’s de filmagem. Chamei o Anrlei, ele prontamente veio de jet ski da brigada e perguntou quem estava ali? Eu disse é um ator que estava filmando comigo e caiu na fossa. Disse também que se eu não voltasse com o gato não tinha mais filme. Ele entrou e voltou com a má notícia: Do buraco onde ele caiu até aqui tem muitas grades, galhos e lixo ele deve ter ficado trancado. A marcha fúnebre começou a tocar na minha cabeça e já imaginei a dona do bicho chorando. Quando Cheguei perante tal moça contei tudo com os olhos cheios de lágrimas e entreguei os trintas reais de cachê pra ela. E ela me disse sem estar muito abalada: Tu queres que eu traga outro? Eu tenho mais três! Então estranhei e pensei cada gato trintinha, essa dona está fazendo, um bom negócio, me vendendo gato arisco! Não senhora, muito obrigado, por hoje já corri o suficiente!

(NÃO PERCAM A OUTRA HISTÓRIA DO GATO QUE MATEI, POSSUÍDO PELO DEMO)

Um comentário:

Anônimo disse...

Bah, Sandro.
Tenho uns cachorrinhos lá em casa, e eles só cobram R$ 25. Quando precisar de mais atores é só falar.

HAHAHAHAHAHAAAAAAA!!!!!!!