Sou uma fábrica de fazer merda mesmo, lembrei-me do texto do Matrix que eu fiquei de escrever. Seria então, uma grande cagada da minha carreira, porém acabei lembrando de outra merda, quando o “Soneca” desabou de um andaime. Manja só, era um pré-light nem lembro o job, tinham quatro andaimes cada um com um pobre em cima e um grupo de ananás em baixo puxando cordas, que iriam levantar um teto enorme de tecido, isto ficaria tencionado entre as quatro torres. È lógico que ao forçarem as quatro cordas, as quatro torres tombaram para o centro. Porém ninguém percebeu a grande bosta que estavam fazendo. Dito e feito, “voa canarinho voa!” Era pobre pulando pra tudo quanto é lado e o Sony coitado veio desabando por dentro de um andaime, enquanto o mesmo se retorcia e se desmontava logo acima dele. Que merda sem tamanho! Depois do susto, tudo terminou bem e o guri ainda está vivo pra me atucanar, até hoje! Porém vamos ao caso Matrix! Era comercial de uma cerveja famosa no estádio Olímpico, dois mil figurantes e eu era “o cabeça” de tudo. Depois que todo mundo entrou no estádio e estavam figurinados, maquiados e posicionados, prontos para filmar, nublou. O filme teria que ter sol, para parecer calor e ser apetitoso tomar cerveja naquela situação. Assim como eu negocio com todo mundo no meu dia-a-dia, fui tentar negociar com a massa de figurantes. Pra quê! Quando eu falei ao microfone que por meio dia de trabalho, nós pagaríamos R$ 30,00, o estádio veio abaixo! O povo não queria nem saber, entraram na filmagem para ganhar R$ 50,00 pelo dia inteiro, se foi só meio dia era R$ 50,00 igual, nada de descontos. Foi aí então que o primeiro raivoso atirou uma garrafinha de água que eles tinham recebido na entrada em mim. E elas vieram em massa sobre este frágil corpo que vos escreve. Dizem, quem me viu, que eu parecia o cara do Matrix curvado para trás e que em câmera lenta eu escapava do bombardeio das garrafinhas. Enquanto eu dizia: “Eu estou vendo quem está atirando e estas pessoas não voltarão no próximo dia de filmagem, eu estou vendo!” Caraça, baita mentira, essa foi por pouco. Mas todos ficaram meus amigos, e na outra diária, eu dizia: “Hoje não vai ter garrafinha fiquem tranqüilos!” Mas eu era quem estava tranqüilo naquele dia.
12.6.06
Matrix no Olímpico
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário