29.6.06
Acabou a criatividade
O quê será que esta acontecendo com o futebol brasileiro? Será que é com este “futebolzinho” feio, truncado e sofrido, que seremos hexa-campeões? Jogos sem criatividade, sem nenhuma jogada genial e sempre parecendo que acabamos de ganhar a partida com as calças nas mãos. Sim , eu estou acostumado a sofrer, tem sido assim sempre, ou pelo menos nas últimas copas. Mas este tipo de jogo cagado, segurando a bola, só para manter a posse, tornando o espetáculo monótono, deve continuar? Todo o mundo dizendo que o Brasil parece mais Brasil, quando coloca o Robinho. Porém o Parreira não ouve, nem se abala. Que saco este homem! Parece que seria mais fácil, desde o início, ganhar a copa com o time reserva. Mas o “birrento” não dá o braço a torcer. Sempre será a sua maneira, não interessa a voz do povo. Pensei: Não seria melhor se infiltrássemos alguns pobres na seleção, já explico. Eu acho sempre os pobres muito mais criativos, a real necessidade os obriga. Tipo assim: Lei da sobrevivência,ou usa a cabeça, ou "sifú". Até parece que nossos jogadores já esqueceram que saíram das peladas nos morros e não precisam mais ser criativos. Agora eles já chegam na seleção, ricaços com suas vidas resolvidas. Será que o mesmo vem acontecendo com este Blog? Será que este blog também não poderia ser mais criativo? Será? Vamos pelo menos tentar, depois de ler este texto, não sermos um bando de “Parreiras” teimosos insistindo na maneira errada de se fazer as coisas, só para ser do nosso modo. Ou quem quer ser uma seleção de jogadores sem criatividade? “Voa canarinho voa” deixe a sua criatividade livre para alçar longos e altos vôos.
28.6.06
O segundo gato que matei
Eu em toda minha vida matei dois gatos, um sem querer como relatei no mês outubro de 2005 neste blog, (vide arquivos, não deixe de ler) e outro fui forçado pelas circunstâncias. A história do gato exorcista começa, mais ou menos, assim: Em um dia muito quente do carnaval de 2003, eu estava em casa, á tarde, atirado no ar condicionado, quando o telefone tocou. A minha esposa atendeu, e séria ela só dizia: “Ahãm, ahãm, tá tô indo pra aí agora, mas vocês já ligaram pro veterinário?” Era uma amiga dela que ligara chorando de um celular, de dentro do seu banheiro, dizendo que a “Nikita” (nome da gata) havia ficado louca. A gata tinha tomado conta de situação, elas tinham uma tela na cobertura que parecia um viveiro. A “bichana” estressada por não poder sair e no comando, colocou a moça e sua mãe trancadas e completamente amedrontadas, no banheiro do apê. A minha esposa não foi, me mandou lá tentar acalmar as três gatinhas (uma de quatro patas e duas de duas). Imaginem só! Ah! Tem mais! A minha mulher também mandou para o apartamento sitiado, um amigo dela gay, só pra me ajudar. Ele chegou direto do Cooper na redenção, sem saber o quê o esperava. Vestia um “shortinho” curto e camisetinha “foda-me please”. Já eu, imaginando o gato gigante destruidor, saído do seriado Ultraman, vim cheio das lãs, casacos, luvas de gramado, óculos, chapéu, parecia um esquimó em pleno fevereiro. Resolvi subir no apartamento, elas me jogaram pela janelinha do banheiro as chaves. Quando abri a porta a “Nikita” estava na escada caracol da cobertura, no degrau na altura da minha visão. Ela sentou como se estivesse possuída pelo demo, deu uma miada super forte e mijou longe na minha cara. Eu fechei a porta e pensei: “O quê eu estou fazendo aqui?” A gata subiu correndo para a cobertura, e eu pude soltar as mulheres do W.C. Quando entrei, parecia o toalete do filme psicose, tinha sangue por todos os lados, no chão, e nos azulejos. Um horror, elas choravam e diziam: “Estamos todas mordidas, a gata ficou louca, mordeu até a bunda da mamãe!” Pensei: “Tenho que prender logo este gato!” Subi na cobertura, e a gata estava escondida, eu estava sozinho desci e fui procurar o amigo da minha mulher. Ele estava olhando o guarda-roupa das moças escolhendo um “modelito” que se aproximava ao meu, mas tinha que combinar e não ficar tão cafona. Desisti, voltei a subir e localizei a gata em baixo da churrasqueira, puxei com uma vassoura e quando ela saiu joguei em cima um cobertor. Quando fui firmar a gata, ela por cima da coberta me mordeu. Eu já cansado e um pouco assustado dei uma “pancadinha” ,um pouco mais forte do que devia, com o cabo da vassoura na cabeça do felino, ele adormeceu na hora. Eu gritei pro pessoal que estava lá em baixo, na sala, “Mandem a caixa, mas não se aproximem, eu a peguei!” Daí comecei então, a fazer um teatro como o do cara que vende o apito do gato, pois a gata já estava morta e todos pensavam que a tinha pego viva. Saí correndo do apê, pedindo licença e fingindo estar com o gata furioso dentro da caixa. Liguei mais tarde, dizendo estar no consultório veterinário e tinha sido aconselhado pelo médico a sacrificar o bichinho. Elas teriam então que autorizar tal ato, ainda bem que a resposta foi sim, senão eu estaria até hoje procurando um gato igual, nas lojas do ramo, para lhes devolver.
27.6.06
COMERCIAIS DE NATAL DO ZAFFARI, LEMBRA?
Me lembrei daquele filme, que imitava o filme “a testemunha”, onde um grupo de religiosos construíam uma igreja no meio do campo. Filmei ali em Morungava, pertinho de Taquara, construímos a igreja numa quarta-feira, filmamos na quinta-feira e sexta-feira desmontamos. Depois falei com uns moradores da região e me disseram que deu gente no sábado cedinho indo á missa. Porém a igreja não tava mais lá! Disseram: “É coisa da modernidade! Vem trazem a igreja, fazem um culto e levam a coisa embora.”
Fiz aquele filme também dos anjos sobre a cidade, olhando e zelando pelas pessoas. Era um medo só, aquela gente fantasiada de anjo e cheios de amarras feitas com cordas de alpinistas. Lembram? Foi feito no telhado do MARGS. Teve gente que achava que parecia que os anjos vinham buscar as almas dos vivos. Tipo assim: A viagem.
E no último filme de fim de ano deste supermercado, lembram? Tem uma menininha de quatro aninhos que fica sozinha com a avó esperando a mãe que foi parir o maninho. Foi literalmente um parto. A Menina era muito pequena, dificultou muito o processo de filmagem. Toda a equipe teve que entrar no ritmo da criança, dormir depois do almoço, tomar “mamá”, brincar de roda e criar métodos que se filmasse sem que ela soubesse. Ela fazia uma vez e não queria mais, criamos truques para ela fazer as cenas que precisávamos. Balinhas dentro do berço, uma tevê com a imagem gravada da família, câmeras escondidas e até o “palhaço” aqui fantasiado. Porém o resultado ficou fantástico e deu o quê falar no último natal Zaffari.
26.6.06
Por onde tu andavas nos anos 80?
Me passaram este questionário, e eu resolvi publicá-lo, será ótimo, pra ver se tu estás ficando velho ou velha, como eu. Então, responda as perguntinhas sobre os anos 80, logo abaixo:
1- Fez curso de Datilografia ?
2- Lembra do cheiro de álcool, das provas recém copiadas no mimiógrafo (usando papel extencil)?
3- Aumentava o rádio quando tocava "Voyage, Voyage?
4- Usava caneta de 10 cores com cheiro?
5- Jogava até altas horas "STOP" (Uéééésssstopêêêêêê!!!)
6- Viu a Gretchen cantar Conga La Conga, o Ritchie cantar Menina Veneno e as Harmony Cats cantando: "seu amor é ,ninguém vai roubar"?
7- Jogava Enduro e River Raid no Atari? E Master System?
8- Tentou dançar o break do Michael Jackson?
9- Brincava de "Estátua", "Mamãe posso ir? ", “sapata”, "de Pegar", jogava ”Taco” e “sela".
10-Tinha Melissinha, botas sete léguas, catina, conga , kichute??? E sabia que o Tênis Montreal era o único anti-micróbio?
11-Comia "Lollo", antes de se chamar "Milkbar"?
12-Colecionava papel de carta?
13- Usou aquelas pulseirinhas de linha ou lã, com seu nome escrito?
14- Pulava elástico?
15- Dançava lambada do Sidney Magal ou do Beto Barbosa? Ou corria pra dançar quando escutava a música "Chorando se foi, quem um dia só me fez choraaaar"?
16- Usou aqueles brilhos labiais que o pote tinha forma de morango? Ou aqueles brilhos tipo da Moranguinho?
17- Lembra do Ploc Gigante? Chupava bala Soft? Bebia Grapete? Comia bala Xaxá?
18- Comprava Mini-Chiclets e o pirulito que vinha com hélice, pra girar e voar?
19- Teve o Pequeno Pônei, as Chuquinhas, Ursinhos Carinhosos, Peposo ou a Peposa?
20- Tinha os estojos com vários botões, com cola, durex, apontador (paraguaio)?
21- Tinha aqueles relógios que vinham com várias pulseiras de cores diferentes para trocar?
22- Leu a Série Vaga Lume?
23- Tinha aquela régua que ao bater no braço se enroscava como uma pulseira a Bate-Enrola?
24- Usava aqueles brincos que vinham na cartela e se colava na orelha?
25- Tinha a mania de dançar Jazz, igual a mulher do Flashdance?
26- Usou polainas e tinha patins de prender nos tênis?
27- Colecionava as mini garrafinhas de refrigerantes??? E a tua mãe dizia que tinha veneno dentro para que a gente não bebesse?
28- E os ioiôs da Coca-Cola, lembras?
29- Respondia aos Questionários dos colegas??? Normalmente em um caderno, e a última pergunta era De quem gosta? Ou Deixa uma mensagem para a dona do caderno
30- Teve walkman AM/FM amarelo?
"É minha véia nóis tamu ficandu véio!"
25.6.06
12.6.06
Matrix no Olímpico
Sou uma fábrica de fazer merda mesmo, lembrei-me do texto do Matrix que eu fiquei de escrever. Seria então, uma grande cagada da minha carreira, porém acabei lembrando de outra merda, quando o “Soneca” desabou de um andaime. Manja só, era um pré-light nem lembro o job, tinham quatro andaimes cada um com um pobre em cima e um grupo de ananás em baixo puxando cordas, que iriam levantar um teto enorme de tecido, isto ficaria tencionado entre as quatro torres. È lógico que ao forçarem as quatro cordas, as quatro torres tombaram para o centro. Porém ninguém percebeu a grande bosta que estavam fazendo. Dito e feito, “voa canarinho voa!” Era pobre pulando pra tudo quanto é lado e o Sony coitado veio desabando por dentro de um andaime, enquanto o mesmo se retorcia e se desmontava logo acima dele. Que merda sem tamanho! Depois do susto, tudo terminou bem e o guri ainda está vivo pra me atucanar, até hoje! Porém vamos ao caso Matrix! Era comercial de uma cerveja famosa no estádio Olímpico, dois mil figurantes e eu era “o cabeça” de tudo. Depois que todo mundo entrou no estádio e estavam figurinados, maquiados e posicionados, prontos para filmar, nublou. O filme teria que ter sol, para parecer calor e ser apetitoso tomar cerveja naquela situação. Assim como eu negocio com todo mundo no meu dia-a-dia, fui tentar negociar com a massa de figurantes. Pra quê! Quando eu falei ao microfone que por meio dia de trabalho, nós pagaríamos R$ 30,00, o estádio veio abaixo! O povo não queria nem saber, entraram na filmagem para ganhar R$ 50,00 pelo dia inteiro, se foi só meio dia era R$ 50,00 igual, nada de descontos. Foi aí então que o primeiro raivoso atirou uma garrafinha de água que eles tinham recebido na entrada em mim. E elas vieram em massa sobre este frágil corpo que vos escreve. Dizem, quem me viu, que eu parecia o cara do Matrix curvado para trás e que em câmera lenta eu escapava do bombardeio das garrafinhas. Enquanto eu dizia: “Eu estou vendo quem está atirando e estas pessoas não voltarão no próximo dia de filmagem, eu estou vendo!” Caraça, baita mentira, essa foi por pouco. Mas todos ficaram meus amigos, e na outra diária, eu dizia: “Hoje não vai ter garrafinha fiquem tranqüilos!” Mas eu era quem estava tranqüilo naquele dia.