31.5.06

Pior que pobre só mesmo estagiário!

Vocês devem estar sabendo, pelos meios de comunicação ou pelo mercado publicitário, que eu tenho me apresentado em algumas palestras. Eu conto um pouco do meu dia-a-dia de produção para os universitários. Minha primeira palestra foi no IPA, foi um sucesso, isso sem contar a burrice dos alunos, muito despreparados para o meu nível. Teve um “milhopã” que me sem pudor perguntou-me: “O que é um 35?” Eu mais do que de pressa respondi: “É um C.T.G., que fica ali na Ipiranga!” Lógico! Na verdade o “Ananá”, se referia á diferença entre uma produção em 35mm para as outras bitolas. Mas seguindo na minha cavalgada pelo meio acadêmico, fui fazer uma palestra na semana passada na ESPM. Convidado pela professorinha dos meus estagiários, e é lógico que os dois apareceram por lá e assistiram o mestre falar. Foi outro sucesso, muito aplaudido e com novos convites de permanecer em projetos futuros da universidade. Irei pensar! Porém o mundo perfeito não existe! Ao sair da faculdade os “cabecinhas boa para derrame” me perguntaram: “Qual o momento da tua carreira de 19 anos que te envergonhou?” O Power e o “on the corner” sabem como fazer re-surgirem todos os meus traumas. Imaginem, isso que a gente conviveu pouco tempo juntos. Mas me lembrei na hora que existe dois momentos destes dezenove anos de produção que eu queria apagar, seria como se não houvesse estes dois dias na minha vida: A vez que quase matei uma gorda no Skol e a vez que eu parecia um Matrix de garrafas d´água no Olímpico. O primeiro caso é triste! Quer dizer, todos os dois casos são tristes até passar o sufoco e se tornarem hoje engraçados. Vejam em suas mentes a cena, era o seguinte: Uma gorda pulava em cima de um homem na cama e o chão do quarto cairia, tudo em um imenso buraco, cama, homem e a gorda por cima. A “traquitana” preparada para o efeito, necessitava de um comando de ação. Erro fatal, resolvemos mudar, o tal comando, na hora da filmagem, aquilo que pessoal do efeito já havia ensaiado. Batata, a cama não caiu parelho, foi primeiro a cabeceira, a gorda virou uma cambota, caiu o cara por cima, e lavrou as costas da mulher. Ela gritava: Aí! Aí, Aí! Minhas costas! E eu já imaginei: Ficou aleijada! Meu Deus do céu! O que eu fiz!
Hoje eu me pergunto: Te custa fazer o que está combinado? Te custa?
Vejam na próxima semana o caso “Matrix no Olímpico”.
Te custa?



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