29.6.08

Como seria bom um mundo sem ricos

Há Tempos eu também pensei numa história para um filme. Tudo começaria com uma bomba de perfumes caros em excesso, cujos efeitos mortíferos apenas atingissem os ricos cheirosos, em seguida estaríamos em um mundo sem ricos. Sabe aqueles chatos, exigentes, que a gente é obrigado a só dizer: Sim senhor, sim, sim senhor... É deles que eu estou falando.
Nos hotéis teriam muitas vagas, porém estaria cheio de gente querendo carregar as malas, um dos outros, e iriam brigar com certeza, por que briga e bate-boca é coisa de pobre. Várias pessoas discutindo, querendo ver quem arruma todos quartos também. Nas ruas, o lixo, diminuiria, já que não haveria a parcela produzida pelos ricos e pobre como não tem dinheiro, não consome. Assim já se dispensa o resíduo de embalagem dos produtos novos. O transporte público, esse sim, teria que funcionar em dobro, por que o público de usuários é grande, e sempre carregam muitas sacolinhas de supermercado. Nos hospitais iriam sobrar todos os leitos que os ricos ocupam, mas não teriam médicos. Não haveria quem pagasse a caríssima universidade de medicina, talvez nem existiriam universidades. Todos teriam que trabalhar em cirurgias, como um mutirão em cooperação, todos pesquisando em prol do bem estar de um paciente, sem pagamentos. Um ajuntamento mesmo, coisa de pobre.
Num mundo sem ricos as religiões teriam que rever seus conceitos. A umbanda e a Igreja Universal seriam um sucesso, sobrariam fiéis e o pobre deixaria de agradecer o rico com a famosa fala: “Deus te pague!” Eliminando aí uma enorme dívida com o criador. Quanto aos latifundiários e o turismo esses não existiram, até por que pobre nem sabe o que é. Nas filmagens, todos os profissionais trabalhando, se ajudando e carregando toda produção. Tipo formiguinha!
Americanos sem escrúpulos, não existiriam, donos do mundo, porém as vítimas do “Katrina” teriam socorro antes dos quatro dias de agonia, sofridos pelos pretos pobres. Ninguém ficaria esperando por ninguém, não viria nenhum rico virar o salvador. O resultado seria mais imediato. Tênis "made in Taiwan" seria uniforme. O golfe não existiria o maior sucesso nos esportes seria o futebol de várzea!
E assim ia a história sem problemas, porém com funk. Daí surge um bostinha americano e faz um filme exatamente o contrário “Um dia sem pobres”. Fui plagiado! E pior, por uma idéia melhor do que a minha. Neste filme, os pobres simplesmente desaparecem da face da terra, os americanos ficam com as tarefas que antes eram praticadas pelos estrangeiros pobres (Latinos). Sem babás, pedreiros, domésticas, eles têm que se virar.
Só então eles aprenderiam a nos valorizar dizendo: “Eta servicinho fudido esse de vocês, toma um trocado!”
De todo modo as duas idéias não servem para muita coisa mesmo. Pura ficção. Rico é rico e está numa boa, e pobre é pobre, sempre ferrado, correndo atrás da máquina. Quem tem pressa é pobre! Bom mesmo nesta história é que não só sobrariam pessoas para executar as tarefas, como haveria muito mais gente beneficiada com a bolada. Montante este que os pobres mesmos, com seu próprio suor produzem. E assim, este projeto todo deve ter sido um sonho apenas. Pura bobagem. “Acorda amor, vai trabalhar, são 6hs. da manhã e tu vai perder o ônibus!”


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